A quem lê...

Não me chamem de poeta,
Nem tão pouco pensador.
Sem definição completa...
Serei talvez sonhador.

Gosto das palavras pegar,
D'um jeito por vezes rude,
Deixá-las a pairar no ar,
Perceber, a sua magnitude.

Algumas são traiçoeiras...
Dessas palavras que uso,
Todas elas são verdadeiras,
Até as que me põem confuso.

Se a palavra sai do meu punho,
De um "eu", que cá dentro mora,
Pode até ser um gatafunho,
Mas nunca é uma impostora.

Importante é nao asfixiar,
Nada do que eu possa sentir.
E contigo poder partilhar,
Lágrimas e vontade de rir.

As palavras ficam escritas,
Para aqueles que podem ler.
Adivinhar por quem são ditas,
De pouco vos importa saber.

São os dias todos diferentes,
E assim tambem a minha alma,
Por instantes, mais eloquente,
Outros, adormecida e calma.

Cabe-me então a mim escolher,
Se usarei gozo ou sofrimento.
Para as palavras que escrever,
Sejam de dor, ou contentamento.

E a ti que as sabes ler,
Procura também as sentir,
Só assim as vais perceber,
E meus escritos discernir.

4 comentários:

  1. ...esse descanso merecido...renovou o ♥ do amigo...só palavras lindas...assim como a fonte de inspiração!!!! Bjks aos dois...

    ResponderEliminar
  2. Olá Andreza.
    Realmente férias são férias, mesmo pequenas sempre nos deixam mais predispostos a outras actividades (quase sempre mais agradáveias) ou reflexões.
    Muito obrigado pelo teu comentario.
    Bj

    ResponderEliminar
  3. Nossa, poeta amigo, que lindo !! Parabéns pelo brilhantismo da postagem. Que bom que retornas ! Beijos a ti e a tua amada.

    ResponderEliminar
  4. Olá Cria.
    Obrigado pelo teu comentario.
    Votos de uma semana feliz.
    BJ

    ResponderEliminar