Palavras...

Deito fora coisas que sinto,
em palavras de muitas formas.
Embrulhadas sem cuidado.
Palavras que nunca chegam,
que nunca dizem tudo...
e tantas vezes são demais.


As palavras são assim mesmo,
por si só... nada valem
e raramente interessam.
Sejam ditas em tom solene,
na exaltação de um momento,
deixadas num livro,
sózinhas... ao abandono.
A palavra não é perene,
e por si só, não é lamento...
A palavra não tem dono.
Morre, se não é sentida
e nasce com o sentimento.

Não é o tamanho nem a forma,
que as faz úteis ou famosas...
as palavras quando são ditas,
ou mesmo quando são escritas,
em anarquia ou com norma,
em belas poesias ou prosas,
precisam de ser escutadas,
com o coraçao ou a mente,
depois são valorizadas,
mas só por quem as sente.